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sexta-feira, 27 de abril de 2012

ARAGUAIA - 2010/2011




Autor: Walther Negrão 
Colaboração: Jackie Vellego, Renato Modesto, Julio Fischer, Alessandro Marson e Fausto Galvão 
Direção: Fred Mayrink, Luciano Sabino e Alexandre Klemperer 
Direção-geral: Marcos Schechtman e Marcelo Travesso 
Direção de núcleo: Marcos Schechtman 
Período de exibição: 27/09/2010 - 08/04/2011 
Horário: 18h 
Nº de capítulos: 166 
TRAMA PRINCIPAL 
Araguaia conta a saga de um homem que desafia o seu destino em nome do amor e da justiça. A trama se passa nos arredores do Rio Araguaia – ou “arara da cauda longa”, em Jê –, que nasce no estado de Goiás e faz a divisa natural entre Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. 
- O drama do protagonista da novela, Solano (Murilo Rosa), tem origem em uma maldição indígena lançada sobre a sua família, em 1845. O antigo feitiço condena à morte, à beira do Rio Araguaia, todos os homens de sua linhagem. A praga foi rogada por conta de um romance entre Antonia (Alice Motta) e o índio Apoena (Diogo Oliveira), que se conheceram durante um ataque indígena à fazenda dela, no auge da Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul. Ele foge com a moça para protegê-la, os dois se apaixonam, e Antonia engravida. Apoena decide levá-la para conhecer sua tribo, a karuê, e, quando lá chegam, a índia Iaru (Suyane Moreira), furiosa por perder Apoena, seu marido e pai de seus filhos, resolve se vingar. Iaru pede ao xamã para lançar um feitiço sobre Apoena e Antonia: enquanto houver sangue karuê sobre a Terra, a começar por aquele menino que Antonia carrega em seu ventre, todos os filhos homens dela e de suas futuras gerações terão morte prematura no Araguaia.  
 
- Muitos anos se passaram desde que a maldição foi rogada. Mas a praga nunca deixou de acontecer. E foi com medo dessa maldição que Antoninha (Regina Duarte) viu-se obrigada a entregar seu filho Fernando (Edson Celulari), ainda muito pequeno, aos cuidados da amiga Mariquita (Laura Cardoso). Assim, ele ficaria longe do Araguaia e teria chances de escapar da praga. Além do afastamento quase que compulsório do filho, Antoninha sofreu outras perdas, como a do grande amor de sua vida e pai de seu filho, o guerrilheiro Gabriel (Juca de Oliveira). Ele sumiu, sem deixar vestígios, após ser acusado de subversão pelo fazendeiro Max (Lima Duarte). Na verdade, Max fez isso por amar Antoninha e não aceitar ser rejeitado por ela. Por conta dessa repulsa, Max fez tudo para prejudicá-la. Depois de muitas armações, ela perdeu tudo para ele, até a estância e as terras herdadas de seus ancestrais. 
- Fernando se torna um homem bonito, charmoso e um apostador inveterado em corrida de cavalos. Chega a perder suas últimas economias em um páreo e, derrotado e sem dinheiro algum, leva sua jovem esposa Estela (Cléo Pires) para Pirenópolis, onde vivem seu filho Solano e Mariquita. No caminho, consulta-se com a vidente Terê Tenório (Thaís Garayp), que, assustada com o futuro que lhe prevê – sua morte à beira do Araguaia –, pede que ele vá embora, sem lhe cobrar nada. 
- Ao chegar a Pirenópolis, Fernando reencontra a sua família e logo recebe uma notícia que muda o rumo de sua vida: Antoninha, sua mãe biológica, está muito doente. Quem lhe dá a notícia é um antigo amigo da família, o mascate Mamed (Yunes Chami). Mariquita é quem leva Fernando e Solano até o Araguaia, onde mora Antoninha. A enferma fica muito feliz por receber seus familiares. Fernando, no entanto, não consegue esconder a mágoa por ter sido abandonado quando criança pela mãe. Antoninha tenta se justificar e lhe conta sobre a maldição, pedindo-lhe, desesperadamente, que saia do Araguaia. Fernando não se comove, não acredita na história, e a fazendeira morre em seguida. Todos choram seu falecimento, inclusive Max, que nunca deixou de amá-la. 
- Mesmo depois dos avisos de sua mãe e de ouvir o alerta da vidente, Fernando decide permanecer na região que condenou seus antepassados à morte. Ele acredita que, se ficar, herdará as terras de Antoninha, que poderão lhe render um bom dinheiro. Só deixará a região depois de vendê-las. Quando descobre que a propriedade da estância passará às mãos de Max como pagamento por dívidas antigas de sua mãe, Fernando resolve ir embora. Mas já é tarde: na véspera de sua partida, morre na cama sem nenhuma causa aparente. Solano chega a acusar Max de ter envenenado seu pai, já que, antes de morrer, Fernando provou uma bebida exótica que lhe foi dada pelo fazendeiro. 
- Max é o grande vilão da novela. Nascido e criado no Rio Grande do Sul, ele se instalou no Araguaia nos anos 1960, atraído pela riqueza do garimpo de cristal, e enriqueceu explorando o garimpo e os garimpeiros. Nos anos 1970, voltou seus interesses para o corte de madeira, montando uma serraria clandestina e ampliando sua fortuna às custas de um desmatamento progressivo. Depois da madeira, comprou muitas terras, começou a criar gado e a investir no comércio local. Max casou-se com Amélia (Júlia Lemmertz), uma ex-modelo muitos anos mais nova que ele, e teve dois filhos, Manuela (Milena Toscano) e Frederico (Raphael Viana). O casamento de Max e Amélia não passa de um acordo: ele entra com o dinheiro, e ela representa o papel de boa esposa. A verdade é que Max nunca esqueceu Antoninha, seu verdadeiro e único amor, nunca correspondido. No decorrer da novela, Amélia se envolve com Vitor Vilar (Thiago Fragoso), ex-noivo de Manuela. 
- Max sempre quis ter o controle de tudo e de todos a sua volta, por isso nunca permitiu que as casas dos seus funcionários ficassem perto uma da outra. Assim, não teriam a chance de se unir contra ele. Mas essa situação muda com a chegada de Solano à região. 
- Solano (Murilo Rosa) sempre foi bom filho, bom neto e verdadeiramente apaixonado pela natureza e pelos animais, em especial pelos cavalos, que passou a adestrar de forma experiente e quase mágica. Foi criado pela avó postiça, Mariquita, e nunca teve contato com a mãe, Beatriz (Eva Wilma). Quando engravidou do jovem e inexperiente Fernando, com quem teve um caso rápido, Beatriz era dona de um bordel e usava o codinome Pierina. Assim que o bebê nasceu, entregou a criança ao pai, já que em sua vida não havia espaço para uma criança. Beatriz tem vergonha de seu passado e muito medo de ser rejeitada por seu Solano, mas, assim que é contatada por Mariquita, larga tudo e viaja para as margens do Rio Araguaia, para conhecer seu filho. 
- Ao se mudar com a família para o Araguaia, Solano se depara com um povo oprimido pela vilania de Max. Muito honesto e justo, ele mobiliza a população e inicia a construção de Girassol, uma cidade com bases cooperativistas, o que irrita o fazendeiro. Com as suas economias e auxiliado pelo padre Emílio (Otávio Augusto) e por Estela, Solano decide fazer do plantio de girassol a fonte de renda da nova cidade. Para ter um comércio próspero e justo, o domador de cavalos negocia bons preços com os pequenos proprietários de terra e os convida a fazer parte do projeto. Para erguer a pequena cidade, Solano também conta com a ajuda do arquiteto Frederico (Raphael Viana), filho de Max. Fred cede as terras que ganhou do pai para a construção da vila e projeta os estabelecimentos do lugar: uma igreja em forma de oca, casas, o empório de Janaína (Suzana Pires) e uma estalagem. Tudo isso cercado por vastos campos de girassol. 
- Além da construção da cidade de Girassol, outro motivo de conflito entre Solano e Max é sua paixão pela veterinária Manuela, filha de seu inimigo. Os jovens se conhecem em um encontro desastrado, quando ele a socorre depois de um tombo de cavalo. Na ocasião, Manuela acha Solano muito prepotente e o trata mal, recusando sua carona. Mas, a partir daí, não consegue mais parar de pensar no gaúcho, apesar de ser noiva do empresário Vitor Vilar. 
- O distanciamento de Manuela faz com que Vitor tome uma atitude impulsiva, marcando a data do casamento. Max e Amélia (Júlia Lemmertz), pais de Manuela, ficam animados com a notícia, mas a jovem fica atordoada com a novidade. Mesmo com a data do casório marcada, Manuela continua confusa em relação aos seus sentimentos e, em uma viagem a Brasília, ela e Vitor decidem adiar o casamento. O empresário não desiste da amada, mas ela logo desmancha o noivado de vez e assume sua paixão por Solano. A veterinária e o domador começam um relacionamento intenso, com arroubos de paixão e implicância. 
- Mas Manuela não é a única a desejar Solano. Quem também mexe com o coração do rapaz é a viúva de seu pai, a jovem e sedutora Estela, que passa a morar com o enteado e Mariquita após a morte do marido. A moça, de origem indígena e passado misterioso, consegue um emprego como professora do orfanato do padre Emílio e também ajuda Solano na construção da cidade de Girassol. O amor que começa a sentir por Solano faz com que a jovem repense sua missão no Araguaia. Estela é descendente da tribo dos Karuê e se aproximou de Fernando e Solano para garantir que a maldição que assola a família dos dois seja cumprida. Para tentar se livrar da paixão, Estela procura seu avô Ruriá (Turíbio Ruiz) e pede permissão para ir embora do Araguaia. No entanto, o índio diz que ela só pode sair da região no dia em que Solano estiver morto. Ao revelar ao avô seu amor pelo domador de cavalos, o índio lhe ensina um ritual para libertá-la do sentimento. Apesar disso, a índia não consegue esquecer Solano. 
- Solano se surpreende ao descobrir que é um homem marcado para morrer. Tomado por uma enorme curiosidade, o rapaz folheia um livro de receitas, que é, na verdade, um diário de sua família. Lá descobre tudo sobre a maldição que assombra sua família e passa a acreditar nas previsões de Terê. Ele só não tem coragem de deixar o Araguaia por conta do amor que sente por Manuela. 
- Assolado por dúvidas, Solano se intriga com a história de Estela, afinal ela nunca lhe falou sobre seu passado ou seus familiares. Pressionada, Estela mente. Ela diz que se criou sozinha em orfanatos e que nunca teve ninguém. Afirma que todos que já se aproximaram dela a magoaram ou a exploraram e que deu duro para sobreviver – tendo, inclusive, roubado para comer. Solano, temporariamente, conforma-se com a história contada por Estela. Mas a verdade logo aparece. Solano vai a fundo em sua investigação sobre a índia e a flagra fazendo um ritual karuê em uma cachoeira. Sem saída, Estela lhe confessa que seu verdadeiro nome é Estrela e que é a última descendente da tribo dos karuês. Ela lhe conta ainda que, desde pequena, foi criada com a missão de destruir os homens da família de Solano para vingar seus ancestrais. Só não está conseguindo cumprir seus planos porque se apaixonou por ele. Solano fica revoltado por achar que ela é culpada pela morte de seu pai. Após ser desmascarada, Estela decide ir embora da estância. Ela volta a morar com seu avô Ruriá na mata e passa a usar trajes indígenas, assumindo suas origens para todo o povo de Girassol. Decidida a investigar mais sobre a maldição, Estela entra escondida na estância e rouba o livro de receitas que contém toda a história do feitiço. 
- Ao ouvir uma conversa entre Mariquita e Beatriz, Solano descobre a identidade de sua mãe biológica. Ele se revolta por ter sido enganado, mas, depois que escuta Mariquita explicar os motivos pelos quais a mãe o abandonou ainda tão pequeno, decide perdoá-la. O gaúcho vai até a estalagem e consegue falar com Beatriz, que, envergonhada, pede perdão por ter mantido o segredo. Essa revelação, no entanto, traz um problema a Solano: Max levanta a possibilidade de ser pai biológico do rapaz. Nesse caso, Solano seria irmão de Manuela. Apesar de ouvir de Beatriz que a possibilidade de ele ser filho do fazendeiro é muito remota, o domador decide fazer um exame de DNA para acabar com a dúvida. O vilão aceita participar do exame, mas arquiteta uma maneira de fraudar o resultado, para separar de vez sua filha de seu inimigo. Ele consegue fraudar o exame, e o casal se afasta. 
- Manuela e Solano se reaproximam ao descobrir que o resultado do teste de DNA era falso. Mas uma surpresa muda a vida do casal: Estela anuncia estar grávida do domador. Solano decide assumir a criança e se entrega ao amor da índia. Mas ainda restava um grande temor: se Estela estiver esperando um menino, a criança será mais uma vítima da maldição. Eles, mais do que nunca, precisam desfazer a praga. A chave para acabar com a maldição é decifrada por Terê Tenório e pelo padre Emílio. É preciso que o cordão umbilical do filho de Estela e Solano seja cortado por Gabriel, que já está de volta à cidade. O avô de Solano representaria um anjo. O domador de cavalos encontra Gabriel preso em uma emboscada de Max e consegue salvá-lo a tempo de o médico cortar o cordão umbilical de seu filho. Max, no entanto, tenta matar Gabriel e Solano e, ao despencar de um desfiladeiro, montado em seu cavalo, morre. Com a morte do vilão, Amélia devolve a estância para a família de Solano. 
- Tendo desfeito a maldição, Solano e Estela criam o filho na estância. Manuela apaixona-se pelo jornalista Rudy (Henri Castelli) e aceita o convite para ser madrinha do filho do domador. 
 

TRAMAS PARALELAS 
Janaína e Bento 
- Do balcão de seu armazém, Janaína (Suzana Pires) participa ativamente de todos os assuntos de interesse de Girassol.  Fala de igual para igual com qualquer homem e impõe ordem e respeito. Ficou viúva cedo e teve de aprender a se impor para sobreviver e criar o filho Bruno (Luciano Scalioni). Para as tarefas no bar, além do filho, Janaína também conta com a ajuda da irmã mais nova, Nancy (Mariana Rios), que, muito vaidosa e preguiçosa, vive às turras para não cumprir suas obrigações. Por defesa ou por falta de tempo, Janaína nunca mais se casou. No fundo, ela decidiu permanecer fiel ao seu falecido marido. Essa devoção só é abalada quando ela se encanta por Frederico, filho de seu maior inimigo, o fazendeiro Max. 
 
Tendo percebido o potencial turístico da região do Araguaia, o arquiteto Frederico montou a Caburé, operadora de turismo às margens do rio, e passou a fornecer à comunidade equipamentos e embarcações para pesca e esportes radicais. Suas atividades são criticadas por seu pai, o criador de gado Max, que nunca se conformou com o fato de seu filho não se interessar pelos negócios da fazenda. As divergências entre pai e filho não param por aí. Fred não gosta da forma como o pai controla o povo da região, e Max não suporta que o filho traga turistas para “bagunçar” as redondezas. Na operadora, Fred está sempre cercado das belas turistas que frequentam suas embarcações e seu hotel flutuante, mas nem imagina que o romance mais importante de sua vida aconteceria justamente com uma mulher bem diferente de todas que já conheceu: uma atração cada vez mais forte o aproxima da pobre e encantadora viúva Janaína. Além das diferenças que os separam – ele é rico e viajado, ao contrário dela, uma mulher simples que nunca saiu do Araguaia –, há um obstáculo ainda maior: ela se sente culpada em se envolver com o jovem, pois teme ser desrespeitosa com seu falecido companheiro. Janaína só não imaginava que de santo o finado não tinha nada. Bento manteve uma relação com a cunhada Nancy. Outra dificuldade para a aproximação de Janaína e Fred é que Max não acha que a viúva seja digna de ser esposa de seu filho. Mas, apesar de tentar separá-los, o casal termina a novela casado, e Janaína anuncia sua gravidez. 
 
  
Nancy, a interesseira 
- A irmã de Janaína só se aproxima das pessoas por interesse. Ela conhece, pela internet, um homem que parece ser tudo o que ela sempre sonhou: bonito e rico. Ele é o empresário espanhol Hector (Pablo Bellini) que, depois de trocar muitas mensagens com a moça pelo computador, vai ao Araguaia para conhecê-la. Pelo menos é isso que ela acha. Quando Hector chega a Girassol, Nancy fica encantada com a beleza e o sotaque do seu novo amor, que a cobre de elogios e promete levá-la para a Europa. Mas ela mal tem tempo de curtir a companhia do namorado, já que ele diz precisar resolver alguns negócios na região antes de viajar com ela. Ela só não imaginava que Hector é, na verdade, um perigoso traficante de animais silvestres. 
 
- Nancy, na verdade, não tem boa índole. Prova disso é que manteve uma relação com o cunhado, o falecido Bento. Assim que a traição é descoberta, Nancy é expulsa de casa por Janaína. Envergonhada, e sem ter para onde ir, Nancy é acolhida por Pimpinela (Nando Cunha) na estalagem de Terê (Thaís Garayp). Janaína, por sua vez, decide se livrar de todos os pertences do finado marido. Nancy resolve confessar seus pecados ao padre Emílio (Otávio Augusto) e acaba conquistando o perdão da irmã. Nos últimos capítulos da novela, a irmã de Janaína se envolve com Pimpinela. 
 
  
Terê e sua trupe 
- Terê é dona do circo Gran Tenório e tem uma estalagem. Além disso, possui o dom de prever o futuro. Após enxergar um destino terrível para Fernando (Edson Celulari), ela segue com sua trupe para o Araguaia a fim de avisá-lo do risco que ele corre ao pisar naquela terra. O circo mambembe é composto por um carroção que serve como moradia, bilheteria, palco e escritório. A grande estrela é o filho de Terê, Neca Tenório (Emílio Orciollo Netto), que cresceu na estrada e aprendeu tudo o que sabe sob a lona do circo. Ele é muito versátil: toca, canta, dança, sapateia, faz malabarismo, mágica e anda na corda bamba. Mas ele se destaca mesmo é na arte de seduzir. Sua lábia e sua pose de artista lhe garantem sempre uma bela companhia feminina, disposta a ouvir suas histórias. 
 
- Renê, conhecido como o palhaço Pimpinela, completa a trupe. Por trás da maquiagem e da alegria do artista do picadeiro, ele é um homem triste e com um passado desconhecido. Terê nunca perguntou de onde ele vinha. Apenas o aceitou no circo com carinho e respeito. Com a mudança de cidade, Renê conhece e se apaixona por Nancy. 
- O circo de Terê Tenório e sua irreverência incomodam muito o fazendeiro Max. O vilão não gosta nada das paródias que a trupe faz com seu nome e dá um jeito de acabar com a diversão do povo. O circo pega fogo e deixa Neca, Terê e Pimpinela sem rumo. Solano, então, hospeda-os na estância e os convida a participar da construção da cidade de Girassol. 
 
  
A manicure fashion 
- Lenita (Ana Lima) é, definitivamente, a moradora mais fashion da pequena Girassol. Ela usa cabelos coloridos em tons de rosa, roxo ou verde; esmaltes na cor da moda; roupas com plumas; e o que mais a criatividade mandar. A manicure trabalha no salão de Beatriz (Eva Wilma) e chega à localidade acompanhada do cabeleireiro Tavinho (Thiago Oliveira). A dupla segue o rastro da patroa, que vai para a região atrás do filho Solano. O figurino de Lenita chama a atenção do povo local e, aos poucos, ela lança moda. Em sua estadia em Girassol, a manicure ganha um novo amigo, o palhaço Pimpinela (Nando Cunha). 
  
Cirso e seus tesouros 
- Safira (Cinara Leal), Ametista (Nanda Lisboa) e Esmeralda (Raquel Villar) são as joias mais preciosas de seus pais, o ex-garimpeiro Cirso (Gesio Amadeu) e a cozinheira Pérola (Tânia Alves). Nos últimos capítulos da história, no entanto, Safira descobre não ser filha biológica de Cirso. Ela é fruto de um relacionamento de Pérola com Estevão, um homem mais velho que abandonou sua mãe grávida. Pérola explica à filha que nunca traiu Cirso e que ele a assumiu mesmo sabendo que ela esperava um filho de outro homem. 
 
- Cirso trabalhou no garimpo quando jovem e acompanhou de perto o enriquecimento inescrupuloso de Max. Ele sabe das ilegalidades cometidas pelo vilão ao longo dos anos e o detesta. Apesar disso, precisa se render e trabalhar para Max quando a exploração das pedras começa a declinar. As grandes alegrias de Cirso são mesmo as preciosidades que tem em casa. Pérola fornece lanches para as embarcações de Frederico, e suas três filhas trabalham como monitoras na empresa do rapaz. São elas que conduzem os turistas nas longas caminhadas nas trilhas, no rafting nas corredeiras do rio, nas escaladas, no rapel e nas pescarias. No decorrer da novela, Cirso se surpreende com uma notícia: sua esposa está grávida. 
 
  
O solidário padre Emílio 
- Padre Emílio (Otávio Augusto) vive em um sítio, onde abriga, alimenta, alfabetiza e educa um grupo de crianças órfãs ou abandonadas por famílias que não tinham mais como cuidar delas. O padre encara como sua grande missão social a campanha pela adoção. Ele sempre tenta esclarecer os turistas que chegam à região sobre o assunto, incentivando-os a acolher uma de suas crianças. Entre os órfãos de padre Emílio estão Tomé (Frederico Volkmann), Pedro (Cadu Paschoal), Mateus (Luigi Matheus), André (Douglas Moreira), Terezinha (Bruna Marquezine), Madalena (Laura Barreto), Maria (Brenda Diniz) e Verônica (Roberta Piragibe). Ricardo (Eduardo Coutinho), hoje um homem feito, também foi criado pelo padre. Conseguiu fazer faculdade e arrumar um emprego em uma cidade grande, sem nunca se esquecer do religioso que sempre o ajudou. Estela (Cléo Pires) se torna a professora das crianças, demonstrando carinho e paciência com elas. Padre Emílio, que sempre foi amigo e confidente de Antoninha (Regina Duarte), torna-se grande conselheiro de Solano (Murilo Rosa) e o ajuda na construção de Girassol e na luta contra Max. O fazendeiro persegue o padre e denuncia seu orfanato. Max escreve uma carta ao bispo (Jonas Mello) dizendo que o padre transformou a igreja da cidade em uma chacota. 
 
Gravidez x Adoção 
- O casal Dora (Paula Pereira) e Geraldo (Ângelo Antônio) se instala na cidade de Girassol. Dora é uma pacata e doce dona de casa. Geraldo é um bravo delegado que chega à região para cuidar da nova localidade. Um drama aflige o casal: eles não conseguem ter filhos. Depois que Dora vai ao sítio do padre Emílio e conhece os órfãos que vivem lá, fica muito animada com a ideia de adotar uma criança. Mas seu marido não concorda com a decisão. 
  
Prazer, Sargento Mourão 
- Ao chegar a Girassol, a linda e charmosa Glorinha (Maria Joana Chiappetta) chama a atenção de todos os homens do vilarejo. Todos querem conquistar seu coração, e ela responde aos elogios de forma meiga e gentil. Mamed (Yunes Chami), Neca, Pimpinela e Caroço (Ricardo Castro) supõem que a bela é amante do delegado Geraldo. Mas Glorinha põe fim aos boatos ao aparecer com uniforme policial e se apresentar como sargento Mourão. Ela explica que veio para Girassol para ser o braço-direito do delegado no posto policial. Em serviço, exige ser chamada pela patente e não admite brincadeiras nem intimidades. De farda, ela é a mais brava das criaturas. Fora do trabalho, é uma moça muito doce e delicada. A jovem rouba o coração de Neca Tenório. 
  
O mascate e a turista árabe 
- O mascate Mamed encontra seu grande amor em Jamila (Nana Gouvêa), uma turista árabe que chega à cidade de Girassol. A paixão o arrebata quando ela mostra sua habilidade com a dança do ventre e deixa Neca, Pimpinela, Glorinha e Nancy também maravilhados. Mamed a pede em casamento. 
 

GALERIA DE PERSONAGENS 
ANTONINHA (Regina Duarte) – Esposa de Gabriel (Juca de Oliveira), mãe de Fernando (Edson Celulari) e avó de Solano (Murilo Rosa). É dona de uma estância na região do Araguaia, fundada por seus ancestrais Antonia (Alice Motta) e Apoena (Diogo Oliveira). Sua família é vítima de uma maldição, que fez com que seu filho tivesse de ser criado longe do Araguaia e, consequentemente, longe dela. Por conta disso, carrega a dor de não ter convivido com Fernando e de tê-lo entregado a Mariquita (Laura Cardoso). Seu grande inimigo, Max (Lima Duarte), é apaixonado por ela. Antoninha, no entanto, nunca o amou e passou a detestá-lo ainda mais depois que ele prejudicou Gabriel. Seu marido precisou fugir da região depois de ter sido acusado pelo vilão de defender o comunismo. Antes de morrer, Antoninha tenta alertar o filho sobre a maldição, mas ele não lhe dá ouvidos. 
FERNANDO (Edson Celulari) – Um homem de meia-idade, charmoso, aventureiro e elegante. É filho de Antoninha (Regina Duarte) e Gabriel (Juca de Oliveira) e pai de Solano (Murilo Rosa), fruto de uma relação furtiva com Beatriz (Eva Wilma). Foi criado por uma amiga de sua mãe, Mariquita (Laura Cardoso). Impulsivo e irresponsável, ele sempre viveu aos trancos e barrancos no que diz respeito às finanças. É apaixonado pela esposa Estela (Cléo Pires). Quando vai ao Araguaia, conhece sua mãe e descobre que pesa sobre seus ombros uma terrível maldição. 
SOLANO (Murilo Rosa) – Forte, corajoso e o único filho de Fernando (Edson Celulari), fruto de uma relação furtiva do pai com Beatriz (Eva Wilma). Solano é neto de Antoninha (Regina Duarte) e Gabriel (Juca de Oliveira) e foi criado pela avó “postiça” Mariquita (Laura Cardoso). Adestrador experiente e competente, mestre na montaria e na doma, parece entender a linguagem muda dos cavalos. Disposto a lutar contra a injustiça e a opressão, lidera um movimento contra o homem mais poderoso da região, o criador de gado Max (Lima Duarte). Essa relação fica ainda mais conflituosa depois que Solano se envolve com Manuela (Milena Toscano), a filha do fazendeiro. Após a morte do pai, Solano se relaciona com sua madrasta Estela (Cléo Pires), com quem termina a novela. 
ESTELA (Cléo Pires) – No início da trama, Estela está casada com Fernando (Edson Celulari), mas, com a morte do marido, envolve-se com o enteado, Solano (Murilo Rosa), com quem termina a novela. Estela é uma mulher bonita, inteligente e sedutora. É descendente da tribo dos karuês e se aproximou de Fernando e Solano para garantir que a maldição que assola a família dos dois seja cumprida. Apesar disso, acabou se apaixonando pelo enteado e não conseguiu cumprir a missão. 
 
MARIQUITA (Laura Cardoso) – Antiga empregada de Antoninha (Regina Duarte) e amiga de total confiança da família. Criou com muito amor Fernando (Edson Celulari) e, depois, o filho dele, Solano (Murilo Rosa). Mariquita é uma mulher muito intuitiva e vive implicando com Estela (Cléo Pires), por achar que ela não é confiável. No decorrer da novela, a personagem descobre sofrer do mal de Alzheimer. 
ASPÁSIA (Flávia Guedes) – Empregada da casa de Antoninha (Regina Duarte), que, com a morte da patroa, passa a trabalhar para Mariquita (Laura Cardoso) e Solano (Murilo Rosa). É muito sensível e chora à toa.  
MAX (Lima Duarte) – Um rico e desonesto criador de gado, capaz de passar por cima de tudo e de todos para defender seus interesses. Desde a juventude, é completamente apaixonado por Antoninha (Regina Duarte), mas seu afeto jamais foi correspondido. Por rancor, acusou o marido dela, Gabriel (Juca de Oliveira), de subversivo e o fez fugir da região, abandonando a mulher. Max casou-se com Amélia (Júlia Lemmertz), com quem mantém um casamento de aparências, e é pai de Manuela (Milena Toscano) e Frederico (Raphael Viana). 
AMÉLIA (Júlia Lemmertz) – Mulher de Max (Lima Duarte) e mãe de Frederico (Raphael Viana) e Manuela (Milena Toscano). Vive um casamento conveniente por conta das regalias que tem a seu dispor. Embora um tanto egoísta, é uma mãe amorosa e preocupada com a felicidade dos filhos. Acaba se envolvendo com Vitor (Thiago Fragoso), ex-noivo de Manuela. 
MANUELA (Milena Toscano) – Filha de Max (Lima Duarte) e Amélia (Júlia Lemmertz) e irmã de Frederico (Raphael Viana). Sempre foi cercada de mimos, principalmente pela mãe, o que a fez se acostumar a sempre conseguir o que queria. A jovem, linda, viajada, inteligente, geniosa e indomável, estudou nos melhores colégios de Goiânia e se formou em Veterinária. Nunca teve conhecimento sobre as armações e maldades que seu pai comete. Ela trabalha no frigorífico de seu noivo, Vitor (Thiago Fragoso), com quem mantém um romance morno. Ao conhecer Solano (Murilo Rosa), apaixona-se à primeira vista, mas o casal não termina a novela junto. Ela se envolve com o jornalista Rudy (Henri Castelli). 
FREDERICO (Raphael Viana) – Filho mais velho de Max (Lima Duarte) e Amélia (Júlia Lemmertz) e irmão de Manuela (Milena Toscano). Fred é dono de uma operadora de turismo e esportes radicais às margens do Rio Araguaia. O jovem é aventureiro, elegante, sedutor e vive se envolvendo com belas turistas. Mas só uma mulher é capaz de fazê-lo mudar: a viúva Janaína (Suzana Pires). Fred não concorda com as atitudes de Max e, por isso, pai e filho vivem em conflito. 
VITOR VILAR (Thiago Fragoso) – A extrema praticidade fez de Vitor um jovem sem nenhuma dose de romantismo. Essa característica, aliada à ambição e ao incansável foco no trabalho, tornou-se um dos defeitos do rapaz, nascido em uma família rica da região próxima ao Rio Araguaia. Vitor é um empresário bem sucedido, dono de um frigorífico localizado na fictícia cidade de Juruanã. Educado e charmoso, à primeira vista, ele até pode parecer um bom partido, mas o jovem esconde outras facetas. É o noivo de Manuela (Milena Toscano), mas tem o seu posto ameaçado pela chegada do domador de cavalos Solano (Murilo Rosa) à cidade. Para evitar o romance, Vitor se une a Max (Lima Duarte), pai da jovem, também contrário à aproximação de Manuela e Solano. Vitor, no entanto, acaba se entregando a uma nova paixão: Amélia (Júlia Lemmertz), sua ex-sogra. 
LURDINHA (Luciana Carnielli) – Lurdinha é uma mulher cheia de personalidade e empregada na fazenda de Max. 
TERÊ TENÓRIO (Thaís Garayp) – Grande dama do picadeiro, dona do Circo Gran Tenório e condutora do carroção que serve de moradia, bilheteria, palco e escritório para o circo. Terê é a mãe superprotetora de Neca Tenório (Emílio Orciollo Netto) e tem o dom de ler o destino nas cartas e nas linhas da mão. 
NECA TENÓRIO (Emílio Orciollo Netto) – Neca é um jovem sedutor, extrovertido, engraçado, mimado pela mãe Terê Tenório (Thaís Garayp) e astro do Circo Gran Tenório. Faz o que for preciso para arrebatar a atenção do público e o coração das moças. Uma em especial rouba seu coração: a sargento Mourão (Maria Joana Chiappetta). 
RENÉ, O PALHAÇO PIMPINELA (Nando Cunha) – Palhaço do circo Gran Tenório e o melhor amigo de Neca (Emílio Orciollo Netto) e Terê Tenório (Thaís Garayp). É alegre e brincalhão em público, mas sofre sozinho com seu triste passado. No decorrer da novela, envolve-se com Nancy (Mariana Rios). 
MARRETA (Christovam Netto) – Artista graças à sua força descomunal. Ajuda Max (Lima Duarte) a destruir o circo. 
PADRE EMÍLIO (Otávio Augusto) – O padre é amigo, conselheiro e confidente de Antoninha (Regina Duarte) e, posteriormente, do jovem Solano (Murilo Rosa). Tem sangue quente, é combativo e corajoso. Inconformado com as desigualdades sociais e com a dura vida do seu rebanho de trabalhadores, cria, com amor e dedicação, várias crianças órfãs em seu sítio. 
PEDRO (Cadu Paschoal) – Menino órfão e morador do sítio do padre Emílio (Otávio Augusto). É endiabrado e suas traquinagens pelo sítio e pelas redondezas levam o padre à loucura. Considera as outras crianças parte de sua família e, para ele, padre Emílio é como um pai. 
ANDRÉ (Douglas Moreira) – Menino órfão, morador do sítio do padre Emílio (Otávio Augusto). É endiabrado e suas traquinagens pelo sítio e pelas redondezas levam o padre à loucura, mas há muito amor e respeito em meio à bagunça. Considera que as outras crianças fazem parte da sua família e trata Emílio com o amor que dedicaria a um pai biológico. 
MATEUS (Luigi Matheus) – Menino órfão, morador do sítio do padre Emílio (Otávio Augusto). É endiabrado e suas traquinagens pelo sítio e pelas redondezas azucrinam o padre. Considera as outras crianças parte de sua família e, para ele, padre Emílio é como um pai. 
TOMÉ (Frederico Volkmann) – Menino órfão e morador do sítio do padre Emílio (Otávio Augusto). É endiabrado e suas traquinagens pelo sítio e pelas redondezas azucrinam o padre, mas há muito amor e respeito em meio à bagunça. Considera que as outras crianças fazem parte da sua família e trata Emílio com o amor que dedicaria a um pai biológico. 
MARIA (Brenda Diniz), VERÔNICA (Roberta Piragibe)MADALENA (Laura Barreto) e TEREZINHA (Bruna Marquezine) – Acompanha os meninos nas traquinagens e também vê em Emílio (Otávio Augusto) o pai que nunca teve. 
GERALDO (Ângelo Antônio) – Delegado rude, que passa a morar em Girassol com a esposa Dora (Paula Pereira). Ela quer muito ter filhos, mas não consegue engravidar. Geraldo sequer apoia a ideia de adoção. 
DORA (Paula Pereira) – Esposa do delegado Geraldo (Ângelo Antônio). Ela não consegue engravidar e quer muito adotar uma criança, mas enfrenta a resistência do marido. 
SARGENTO MOURÃO (Maria Joana Chiappetta) – A bela policial trabalha na delegacia de Girassol. De farda, é muito brava e exige respeito. Fora do serviço, é uma mulher doce e delicada. Acaba se envolvendo com Neca Tenório (Emílio Orciollo Netto). 
CÍCERO (Gésio Amadeu) – Cirso, como é chamado, é rústico, prático, bonachão e religioso. Trabalha para Max (Lima Duarte) por necessidade, pois não suporta o patrão. É marido de Pérola (Tânia Alves) e muito zeloso na educação e segurança de suas três filhas, a quem trata por suas “joias do Araguaia”: Safira (Cinara Leal), Ametista (Nanda Lisboa) e Esmeralda (Raquel Villar).  Nos últimos capítulos da novela, Safira descobre não ser filha biológica de Cirso. Ela é fruto de um relacionamento de Pérola com Estevão, um homem mais velho que a abandonou grávida. A mãe explica à filha que nunca traiu Cirso e que ele a assumiu mesmo sabendo que ela esperava um filho de outro homem. 
PÉROLA (Tânia Alves) – Mulher de Cirso (Gésio Amadeu) e  mãe de Safira (Cinara Leal), Ametista (Nanda Lisboa) e Esmeralda (Raquel Villar). Cozinheira de mão cheia, faz quitutes e marmitas para vender aos turistas da operadora de Frederico (Raphael Viana). Nos últimos capítulos da novela, Pérola revela a Safira que a jovem não é filha biológica de Cirso. Ela é fruto de um relacionamento de Pérola com Estevão, um homem mais velho que a abandonou grávida. A mãe explica à filha que nunca traiu Cirso e que ele a assumiu mesmo sabendo que ela esperava um filho de outro homem. 
SAFIRA (Cinara Leal) – Safira sempre acreditou ser filha de Cirso (Gésio Amadeu), mas, na verdade, é filha de Pérola (Tânia Alves) e Estevão, um homem que abandonou sua mãe grávida. Por conta disso, Safira é meia-irmã de Ametista (Nanda Lisboa) e Esmeralda (Raquel Villar). Gosta de enfrentar os pais e se julga no direito de mandar nas irmãs. Estudou fora e trabalha como monitora da operadora de turismo de Frederico (Raphael Viana). 
AMETISTA (Nanda Lisboa) – Filha de Cirso (Gésio Amadeu) e Pérola (Tânia Alves), irmã de Esmeralda (Raquel Villar) e meia-irmã de Safira (Cinara Leal). Ametista é carinhosa, conciliadora e monitora da operadora de turismo de Frederico (Raphael Viana). 
ESMERALDA (Raquel Villar) – Filha caçula de Cirso (Gésio Amadeu) e Pérola (Tânia Alves), irmã de Ametista (Nanda Lisboa) e meia-irmã de Safira (Cinara Leal). Esmeralda é extrovertida, esperta e adora o trabalho como monitora da operadora de turismo de Frederico (Raphael Viana). Vive brigando com Safira e, apesar da pouca idade, é a líder informal das três irmãs. 
JANAÍNA (Suzana Pires) – Mãe de Bruno (Luciano Scalioni) e irmã de Nancy (Mariana Rios). Janaína é uma viúva atraente e dona de um bar. Apesar de muitos admiradores, seu coração está tomado pela memória de seu falecido marido. Mas tudo muda quando ela se apaixona por Fred (Raphael Viana). As diferenças sociais entre os dois e a oposição de Max (Lima Duarte) ao romance não são capazes de separá-los. Janaína é uma mulher corajosa, daquelas que fala de igual para igual com qualquer homem. Seu grande amigo e conselheiro é o Padre Emílio (Otávio Augusto). 
NANCY (Mariana Rios) – Irmã de Janaína (Suzana Pires) e tia de Bruno (Luciano Scalioni). Trabalha no bar da irmã, mas é muito preguiçosa e vive enrolando no batente. Tem inveja de Janaína e já teve um caso com o falecido marido da irmã. Seu sonho é arrumar um homem rico, mas acaba se apaixonando por Renê (Nando Cunha), o palhaço Pimpinela. 
BRUNO (Luciano Scalioni) – Filho de Janaína (Suzana Pires) e sobrinho de Nancy (Mariana Rios). Bruno é estudioso, esforçado e um pouco tímido. É um bom filho e ajuda a mãe nas tarefas do bar. 
MAMED (Yunes Chami) – Mascate de origem árabe e amigo de Antoninha (Regina Duarte). Roda o interior com sua “jubiraca chacoalhante”, mistura de carro e loja, onde se encontra de roupas a eletrodomésticos. Mamed é um nômade e funciona como correio para o povo da região, levando e trazendo recados, cartas, encomendas e notícias. 
CAROÇO (Ricardo Castro) – Guia informal da região do Araguaia. Faz um bico na operadora de turismo de Fred (Raphael Viana), mas seu negócio mesmo é a viola. Vive atento a tudo que acontece ao seu redor e fazendo música. As pessoas da região são sua fonte de inspiração. 
APOENA (Diogo Oliveira) – Era um guerreiro karuê forte e atraente, conhecedor dos segredos e mistérios da mata. Apesar de casado com a índia Iaru (Suyane Moreira), com quem teve dois filhos pequenos, apaixonou-se pela branca Antonia (Alice Motta). Foi por conta da aproximação dos dois, em 1845, que a maldição contra a família de Fernando (Edson Celulari) e Solano (Murilo Rosa) foi rogada. 
ANTONIA (Alice Motta) – Antepassada de Antoninha (Regina Duarte), Fernando (Edson Celulari) e Solano (Murilo Rosa). Foi por conta de seu romance com o índio Apoena (Diogo Oliveira), em 1845, que a maldição contra sua família foi rogada. 
BEATRIZ/PIERINA (Eva Wilma) – Mãe de Solano (Murilo Rosa) e proprietária de um salão de beleza em Girassol. Chega à região do Araguaia para reencontrar o filho, mas, sentindo vergonha por tê-lo abandonado quando ele ainda era bebê, não revela sua identidade a ele. Na verdade, abriu mão da criança, entregando-a ao pai, Fernando (Edson Celulari), porque ganhava a vida como prostituta.  No decorrer da novela, entra em uma disputa leve e bem-humorada com Mariquita (Laura Cardoso) pela atenção de Solano. 
TAVINHO (Thiago Oliveira) – Criado por Beatriz (Eva Wilma), com quem trabalha como cabeleireiro. 
LENITA (Ana Lima) – Manicure do salão de beleza de Beatriz (Eva Wilma). Ao chegar a Girassol, seu visual descolado, moderno e colorido chama a atenção do povo local. Aos poucos, começa a ser imitada, trazendo uma dose maior de modernidade à região do Araguaia. 
DR. RICARDO (Eduardo Coutinho) – Um jovem médico, muito educado e simpático, que foi criado no sítio do padre Emílio (Otávio Augusto) e que volta a Girassol para assumir o posto médico local. Vive um dilema: ficar no Araguaia ou retornar ao compromisso amoroso e aos desafios profissionais que deixou na cidade grande. 
RURIÁ (Turíbio Ruiz) – avô de Estela (Cléo Pires). 
JAMILA (Nana Gouvêa) – uma turista árabe que chega à cidade de Girassol e encanta Mamed (Yunes Chami). 
  
E MAIS: 
Adilson Maghá 
Isabella Nogueira 
Isabelle Marques 
Karina Ferrrari 
Nina Frosi 
Simone Gabriel 
Valter Rocha 
 

PRODUÇÃO 
- A preparação do elenco de Araguaia começou no Rio de Janeiro, com aulas de dança, principalmente de forró. O desafio era dar aos atores amplitude de visão e movimento. Ainda no Rio de Janeiro, os atores tiveram aulas técnicas. O núcleo da operadora de turismo, por exemplo, aprendeu a conduzir jet skis e lanchas e também teve noções de rapel. Já Murilo Rosa, Milena Toscano e Cléo Pires fizeram treinos de equitação. O elenco do circo Gran Tenório frequentou picadeiros para aprender malabarismo, números de mágica e acrobacia. Algumas mulheres do elenco, como Laura Cardoso (Mariquita) e Júlia Lemmertz (Amélia), conheceram a culinária sertaneja. 
- O trabalho de preparação do elenco continuou na região Centro-Oeste, nas cidades de São Félix e Luis Alves, em Goiás. São Félix foi um cenário bastante especial para a preparação dos personagens Solano (Murilo Rosa), Estela (Cléo Pires), Manuela (Milena Toscano), Janaína (Suzana Pires) e Frederico (Raphael Viana). Os atores passaram cinco dias na região, onde fizeram dinâmicas e exercícios sensoriais no rio, em meio a botos e jacarés. 
 
- A região de Luis Alves foi escolhida porque tinha boa infraestrutura para receber a equipe. O grupo chegou à região em julho, período do ano em que o nível do rio fica mais baixo, e passou 20 dias no Araguaia. Após o trabalho, a equipe trouxe mais de 300 cenas, um amplo material de stockshots para abastecer toda a novela com imagens belíssimas da região. 
- Em Luis Alves, jet skis, boia-cross, lanchas, caiaques, wakeboards, parasails, ultraleves, um balão e um hidroavião foram usados nas gravações das cenas na operadora de turismo, contando com a atuação de Fred,  Esmeralda (Raquel Villar), Safira (Cinara Leal) e Ametista (Nanda Lisboa). Na região, também foram registradas as imagens das cavalgadas de Manuela, Solano e Estela. 
- A próxima parada da equipe foi Pirenópolis, também em Goiás, onde Edson Celulari (Fernando), Júlia Lemmertz, Lima Duarte (Max), Laura Cardoso, Thaís Garayp (Terê Tenório) e Yunes Chami (Mamed) se encontraram com o restante do elenco para gravar cenas em cachoeiras, fazendas e estradas. O grande destaque das gravações em Pirenópolis foram as cenas da festa da cavalhada, tradição na cidade. Para reproduzir o costume local, a equipe contou com mais de 300 figurantes montados a cavalo e mais de 100 a pé, representando as figuras típicas dos cavaleiros e mascarados. Além disso, as cenas contaram com a participação de uma banda, que acompanhou todo o cortejo. Foram desenvolvidos 30 figurinos especialmente para a ocasião. A população da região presenciou a filmagem e participou animada da comemoração fictícia. As gravações da cavalhada encerraram a temporada de gravações da novela na cidade de Pirenópolis. 
- Ao todo, cerca de 100 profissionais viajaram do Rio de Janeiro para Goiás. Mais de 20 malas de figurino e cinco toneladas de equipamento das equipes de engenharia, produção de arte e cenografia foram transportadas para registrar as belezas naturais da região do Araguaia. 
- Muitas das cenas gravadas na região Centro-Oeste contaram com luz natural. A equipe acordava de madrugada e gravava antes do amanhecer, usando uma luz muito suave. O nascer e o pôr do sol enriqueceram as cenas da novela. 
- A trama também contou com cenas de Milena Toscano, Cléo Pires e Murilo Rosa em campos de girassol da cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. 
 

FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO 
- A mistura entre os estilos do campo e da cidade deu o tom do guarda-roupa de todos os personagens da novela. O figurino de Max (Lima Duarte) seguia esse conceito: ele usava um par de óculos bem contemporâneo, mas também vestia peças tradicionais. Entre os elementos clássicos, estavam as botas, feitas por um sapateiro paulista especializado no calçado, e o linho, que representava tradição e conforto. As calças tinham duas modelagens: a alfaiataria e as bombachas gaúchas, que marcavam sua origem. As cores do figurino de Max remetiam à terra e às referências do mundo country, com muito xadrez epied-de-poule, xadrez com quadrados separados, em que os desenhos lembram pegadas de aves. 
- A mulher de Max, Amélia (Júlia Lemmertz), também usava itens de fazendeira, como botas e cintos de couro, mas seu visual foi complementado com lenços sofisticados e chapéus. A maioria das peças era em tons de cáqui, marrom, bege e verde-oliva. 
 
- O filho de Amélia e Max, Frederico (Raphael Viana), tinha um visual aventureiro, com muita calça e bermuda cargo, ecobotas e coletes. Já sua irmã Manuela (Milena Toscano) usava muito jeans e xadrez, cintos e relógios de grife, e coletes e casacos de couro sofisticados. 
- Solano (Murilo Rosa), domador de cavalos e herói da história, teve seu figurino inspirado no estilo do ator americano James Dean, mas com uma pincelada dos pampas. O personagem vestia muito jeans, mas não era o típico caubói: usava chapéu de aba plana e não os que os peões costumam usar. O toque gaúcho ficou a cargo da guaiaca, cinto largo de couro ou de camurça, com bolsos onde se guardam dinheiro, objetos miúdos, e que também é usado para o porte de armas. 
- Estela (Cléo Pires) usava tons claros de bege e rosa. Seu figurino foi um desafio, já que ela saiu de sua tribo para morar em uma cidade do interior e, depois, foi para um grande centro. Além dessa profusão de referências, ela tinha uma aura misteriosa. A renda, por ser um material feminino, contemporâneo e rural, foi usada na montagem do guarda-roupa de Estela. Ao mesmo tempo em que cobre, a renda desnuda, e também parece uma tatuagem, remetendo ao grafismo indígena feito na pele. 
- O elegante e viril Fernando (Edson Celulari) tinha um armário no estilo dos homens italianos e cubanos. Ele usava camisa para fora da calça, mocassim e muito linho branco. Com ele, os códigos se misturavam: na cidade, ele era rural; no campo, ele era urbano. A paleta de cores de suas roupas era em tons de branco, azul e cinza. 
- Para compor o figurino de Janaína (Suzana Pires), a inspiração foi o papel de Monica Bellucci no filme Malèna (2000), de Giuseppe Tornatore. Para isso foram usados tecidos leves, finos e fluidos nos vestidos da personagem. No seu guarda-roupa, havia peças de brechó, de lojas de moda e algumas que foram desenvolvidas especialmente para a personagem. O visual de Janaína foi inspirado na atriz Sophia Loren. Para a sua caracterização, a atriz usava longas madeixas, tinha uma maquiagem bem marcada nos olhos, e adotou lápis de boca e gloss vermelhos. 
- Nancy (Mariana Rios), irmã de Janaína, era uma menina rural que queria ser da cidade. Ela usava peças jeans com elastano, acessórios exagerados e brincos coloridos. A personagem usava cabelos picotados, com pontas levemente iluminadas. 
- A equipe de caracterização apostou em um visual natural para o elenco de Araguaia, preocupando-se com a nova tecnologia de transmissão de imagens, o HD (high definition). A base facial era bem espalhada para suavizar a maquiagem e dar brilho à pele. 
- Murilo Rosa e Milena Toscano precisaram de megahair para dar volume aos cabelos de seus personagens enquanto mais jovens. Na atriz, um aplique anelado foi mesclado com seu cabelo liso natural. No ator, por sua vez, acrescentou-se um megahair à parte de trás do cabelo. 
- Amélia usava maquiagem leve, com batom claro e sombra marrom suave. Entre uma gravação e outra, a atriz usava bobs nos cabelos, o que garantia o volume das madeixas. 
- Thiago Fragoso (Vitor Vilar) precisou alisar os cachos e fazer suaves mechas claras.   
- O personagem de Lima Duarte demandou que o ator deixasse crescer as costeletas e um bigodão. Para dar vida ao circense Neca Tenório, Emílio Orciollo Netto também cultivou um bigode, inspirado no ator Johnny Depp. Outro personagem que ostentava um bigode era Fernando, compondo um visual malandro. 
- Safira (Cinara Leal) teve os cabelos alongados e pontas iluminadas. Já os fios de Esmeralda (Raquel Villar) ganharam algumas luzes. Pérola (Tânia Alves) usava maquiagem leve e um aplique anelado nos cabelos. 
- O processo de envelhecimento de Regina Duarte, no papel de Antoninha, demorava uma hora e meia para ser terminado. A caracterização da personagem incluiu peruca grisalha, máscara de látex para envelhecer a pele e muita maquiagem para aprofundar as rugas. 
 

CENOGRAFIA E PRODUÇÃO DE ARTE 
- As cores, texturas e formas das belas paisagens do Centro-Oeste brasileiro serviram de inspiração para a cenografia deAraguaia. A equipe teve o desafio de construir, em 45 dias, todas as frentes da cidade cenográfica e todos os cenários de estúdio, chegando a mais de 21 mil m2 de área implantada. 
- Foram 45 dias de execução, mas o trabalho começou antes disso. A pesquisa foi iniciada em março e logo a equipe viajou para Goiás para conhecer a fundo a arquitetura, fauna e flora da região que seria retratada na novela. 
- O trabalho da equipe de produção de arte começou em abril, incluindo pesquisa e visitas às locações em Goiás. Eram muitos elementos a serem retratados: a história passava pelas águas monumentais do Rio Araguaia, pela tradição das  cavalhadas, pelo ecoturismo e seus esportes, por fazendas centenárias, pela culinária local e por uma trupe de circo. 
- Os grandes destaques da cenografia de Araguaia eram os cenários da cidade de Girassol, da estância de Antoninha  (Regina Duarte), da fazenda em estilo colonial de Max (Lima Duarte), da operadora de turismo de Fred (Raphael Viana) e do sítio de padre Emílio (Otávio Augusto), onde foram instaladas uma roda d’água e uma casa na árvore. 
 
- A cidade de Girassol, construída ao longo dos capítulos da novela, era rústica e charmosa. Na história, a vila foi projetada por Fred, um arquiteto jovem e moderno, preocupado em construir um lugar sustentável e com muitos elementos reciclados.
- A igreja de Girassol, ponto de encontro dos moradores, não tinha paredes, apenas uma cobertura de palha de coqueiro e uma estrutura de bambu. O sapê e o eucalipto foram usados na construção do empório de Janaína (Suzana Pires). Todos esses itens são característicos da região onde se passava a novela. 
- A geografia não influenciou apenas a escolha da matéria-prima utilizada pela equipe de cenografia em Girassol, mas também no estilo arquitetônico da cidade cenográfica. Para representar o Araguaia, uma região alagadiça, foram usadas construções de palafitas de madeira, típicas das áreas próximas a rios. As palafitas têm a função de elevar as construções, evitando que se inundem em caso de cheias. 
- Com a ajuda da computação gráfica foi possível fazer com que a cidade apresentasse, em uma vista aérea da cidade, formato de girassol. As construções formavam o miolo, e as plantações da flor desenhavam suas pétalas. Para dar esse efeito, foram usados mais de dois mil girassóis cenográficos e mais de 500 espécimes reais, plantados no local. A equipe de computação gráfica também foi responsável por inserir imagens do Rio Araguaia na cidade cenográfica, com o auxílio debacklots
- A estância de Antoninha espelhava bem a sua origem miscigenada, mescla de índio e branco: a residência possuía uma imponente fachada neoclássica, mas tinha muitas influências indígenas, como o óculo, uma abertura na fachada que decora e ilumina a parte interna. 
- Elementos indígenas também estavam presentes na operadora de turismo de Fred, a Caburé (uma espécie de coruja brasileira). O cenário ganhou grafismos feitos com bambu sobre um painel, que reproduzia uma esteira de vime. Os jet skis, caiaques e lanchas, além de um barco-hotel e um balão usados em cenas da operadora de turismo, foram providenciados pela equipe de produção de arte da novela. A figura da coruja inspirou a criação da identidade visual da operadora, que também contou com muitos elementos coloridos, que remetiam à aventura e à natureza. 
- O picadeiro do circo Gran Tenório tinha um toque vintage em seus objetos, a começar pelo caminhão que transportava a trupe. Outro veículo da novela que merecia destaque era o do mascate Mamed (Yunes Chami). A “jubiraca” era um veículo de 1951, comprado em Minas Gerais. Foi totalmente pintado, reformado e decorado com prateleiras, gavetas e cabideiros, que comportavam as mercadorias vendidas pelo mascate. 
- Os cavalos também eram usados como meios de transporte por alguns personagens. A escolha foi minuciosamente pensada para que a raça, a cor e o porte dos animais estivessem alinhados à personalidade de seus donos. Solano (Murilo Rosa) tinha um cavalo preto e poderoso. A delicada e valente Manuela (Milena Toscano) montava um alazão com crina dourada. Max (Lima Duarte), o vilão, possuía um cavalo tordilho imponente. 
- O empório de Janaína (Suzana Pires) precisava ter o clima de uma venda para beber e petiscar. Para criar essa atmosfera, a produção de arte decorou o armazém com inúmeros potes de conserva, enlatados, frutas, legumes, além do retrato de Bento, o falecido marido que Janaína não consegue esquecer. Um dos destaques do empório eram os 20 caules de guariroba, espécie de palmeira típica de Goiás, de onde se extrai um palmito muito utilizado na culinária local. 
- A cozinha goiana ganhou um lugar especial nas mesas da novela, com muitos pratos à base de peixe de água doce e iguarias da culinária sertaneja do Centro-Oeste. 
 

CURIOSIDADES 
- A trama aponta para a diluição das fronteiras entre campo e cidade, sendo conceituada pelo diretor Marcos Schechtman como uma novela “rurbana”, fazendo alusão ao termo criado pelo sociólogo Gilberto Freyre. A história também apresenta a mistura do moderno com o tradicional. A fazenda de Max (Lima Duarte) e o cultivo no campo se contrapõem à modernidade que se instalou no Rio Araguaia, ponto de encontro da juventude e espaço para acampamentos, jet skis e esportes náuticos. 
- As belezas do rio e sua importância para o turismo da região foram exploradas na trama. Em tempos de seca, visitantes e moradores montam acampamentos nas ilhas de areia que se formam no leito do rio, transformando o local em um grande centro de lazer. Além das belezas naturais, a cultura indígena, a imponência dos cavalos e a magia do circo se tornaram assuntos da novela. 
 
- Alguns atores participaram de um workshop sobre a cultura, a história e a culinária da região do Araguaia. Os encontros contaram com a participação do autor Walther Negrão, do diretor Marcos Schechtman e do historiador e professor da Unicamp Leandro Karnal, que deu uma palestra sobre a história da região central do Brasil e a do Rio Araguaia. Depois da aula, a equipe pôde conhecer um pouco da gastronomia sertaneja no almoço preparado pela culinarista Dona Thelma. Suco de cagaita (frutinha amarela tradicional do cerrado), mané pelado (bolo à base de mandioca) e broa de pau a pique (também à base de mandioca) foram algumas das especialidades locais servidas durante o evento. Uma apresentação de catira, dança do folclore brasileiro que tem raízes no Mato Grosso e em Goiás, encerrou o primeiro encontro. 
- O autor Walther Negrão conta que sempre foi fascinado pela paisagem e pela história que circunda a região apresentada pela novela. Em 1962, trabalhando como repórter de turismo, subiu o rio para fazer uma matéria sobre o primeiro hotel flutuante da região. Desde então, ficou fascinado pelo lugar, por aquele rio tão diferente dos outros, instalado no coração do Brasil. Além disso, quase participou da Guerrilha do Araguaia, movimento guerrilheiro instaurado na região amazônica brasileira, ao longo do Rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Walther Negrão só não participou do movimento porque conheceu sua esposa e se casou, abandonando a luta armada. 
- O autor participava de todo o processo de construção narrativa da novela. Levantava por volta das cinco da manhã, escrevia até meio-dia, almoçava, dormia duas horas e voltava ao trabalho até as 22h. Duas vezes por semana, fazia uma reunião com os colaboradores que moravam em São Paulo. De 15 em 15 dias, convocava uma reunião geral, envolvendo os colaboradores que moravam no Rio. Nessas reuniões, todos davam sugestões e opiniões. Depois, Negrão fazia as “escaletas”, e cada um escrevia a sua parte. No final do processo, o autor editava as cenas, dando uma unidade linguística e narrativa a cada capítulo. O autor costumava escrever também nos fins de semana, diretamente de sua fazenda, no interior de São Paulo. 
- Para construir o seu personagem, o ator Murilo Rosa se inspirou no treinador e escritor americano Monty Roberts, que usa o método doma racional para domesticar seus cavalos. Essa técnica busca desenvolver o entendimento e a cooperação entre cavalo e domador, baseando-se sempre na confiança e no respeito mútuo, sem violência. O americano fala sobre a técnica no livro O Homem que Ouve Cavalos. 
- A atriz Ana Lima visitou vários salões de beleza, dos maiores aos mais simples, para aprender a postura das profissionais, o funcionamento de um pequeno salão e o básico sobre a arte de embelezar as unhas. Tudo para viver a manicure Lenita, do salão de Beatriz (Eva Wilma). 
- O site da novela estreou no dia 20 de setembro, como parte da campanha de lançamento da novela. A criação do site foi assinada pela Divisão de Comunicação Transmídia da TV Globo, que realizou um extenso trabalho de pesquisa para identificar e localizar moradores e visitantes da região do Araguaia. Durante o mês de agosto, a equipe da Divisão e representantes da produtora Lunática Filmes percorreram Goiânia, Goiás Velho, Luis Alves e São Félix e colheram mais de 30 depoimentos de personagens representativos da região, que abriram suas casas, revelaram suas histórias e falaram sobre as suas relações com o rio. O site apresentava os minidocumentários, o making-of da viagem, fotos dos bastidores, perfis dos entrevistados e informações sobre a região. E, integrando ficção e realidade, trazia ainda entrevistas com os personagens da novela. 
- A festa de lançamento da novela aconteceu no dia 23 de setembro, em São Paulo. Após a exibição de um clipe da trama, os convidados assistiram ao show da cantora goiana Maria Eugênia, que interpretou as canções: Notícias do BrasilCaçador de Mim e Companheiro, sendo essa última o tema de abertura da novela. Em seguida, iniciou-se a encenação de uma cavalhada, inspirada em cenas do primeiro capítulo da novela. O ator Murilo Rosa mostrou sua habilidade na montaria em um dos cavalos que participaram da apresentação. A decoração da festa usou referências da região do Araguaia, como mobiliário feito de fibras, cipós, troncos, além de elementos indígenas. O cardápio da festa foi composto por receitas preparadas com ingredientes típicos. 
- A dupla sertaneja Victor & Léo gravou uma participação especial em Araguaia. Os cantores se apresentaram na inauguração da casa de espetáculos de Girassol, pertencente aos personagens Fred (Raphael Viana) e Janaína (Suzana Pires). A dupla tocou a música Rios de Amor, que fez parte da trilha sonora da novela. 
- O cantor Daniel também fez uma participação especial na novela, na mesma casa de espetáculos. O cantor interpretou a música Disparada, parte da trilha sonora da novela, e, nos intervalos das gravações, tocou outros sucessos como Nossa Senhora e Adoro Amar Você, a pedido dos atores. 
Araguaia é a primeira novela das seis da TV Globo a ser exibida em HD (high definition). 
 

TRILHA SONORA 
 
Nacional 
Rios de Amor – Victor & Léo
Mentes Tão Bem – Zezé Di Camargo & Luciano
Companheiro – Maria Eugênia (tema de abertura)
Disparada – Daniel
Tocando em frente – Leonardo (participação especial: Paula Fernandes)
O Amanhã é Tão Distante (Tomorrow is a Long Time) – Zé Ramalho
Mais Que a Mim – Ana Carolina (participação Maria Gadu)
Fotos na Estante – Skank
Jardins da Babilônia – Kid Abelha
O Tempo – Móveis Coloniais de Acaju
Puro Êxtase – Barão Vermelho
Simples – Manno Góes
Por Enquanto – Cássia Eller
Felicidade – Antonio Villeroy 
  
Internacional 
Run To You – Lady Antebellum 
I Never Told You – Colbie Caillat
Marry Me – Train
Steal My Kisses – Ben Harper and The Innocent Criminals
Cooler Than Me – Mike Posner
Tonight – Alex Max Band
My Baby Left Me – Allexa
Valentino – Diane Birch
Love Me Tender – Elvis Presley
Rollerblades – Eliza Doolittle
Happy – Marina Elali
Pray For You – Jaron and The Long Road To Love
This Is Me, This Is You – Marit Larsen
Blowin’In The Wind – Fiuk
Babies In Your Dreams – Youth Group 
  
TRILHA SONORA complementar: Sertaneja 
Adrenalina – Luan Santana
Pode Chorar – Jorge & Mateus
Baladeira – Jeann & Julio
Tô Vendendo Beijo – Humberto & Ronaldo
Xique Bacanazado – João Carreiro & Capataz 
Futebol, Cervejada e Viola – Luiz Mazza & Luciano 
No Ponteio da Viola – Mayck & Lian
Labirinto – Cesar Menotti & Fabiano
Amanheceu, Peguei a Viola – Renato Teixeira & Sergio Reis 
Forrópeando – Roberta Miranda e MV Bill 
Louvação Forró – Agarradinho 
Catirandê – Tais Guerino 
 

AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS 
A personagem de Laura Cardoso, a Mariquita, sofria do mal de Alzheimer na novela. Antes de sua atuação na trama, a atriz já tinha trabalhado o tema no documentário Clarita, de Thereza Jessouroun, lançado em 2007. Antes de ser levado ao ar na novela, o assunto foi pesquisado com a ajuda de médicos especialistas. A intenção era mostrar na trama o comportamento do doente e as dificuldades impostas pela doença. 
- Por meio do núcleo do padre Emílio (Otávio Augusto), a novela incentivou a adoção de crianças mais velhas. 

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